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28 junho, 2013

Câmara de São Paulo aprova criação da CPI dos Transportes

Com apoio de 40 dos 55 vereadores, comissão será presidida por Paulo Fiorilo (PT), da base aliada de Haddad

Vereadores aprovam a criação da CPI para investigar contratos do transporte público da capital
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (27) o requerimento para a criação da CPI dos Transportes, que pretende investigar os contratos das empresas de transporte público na capital paulista. Com apoio de 40 vereadores, a comissão será presidida por Paulo Fiorilo (PT), autor da proposta aprovada e integrante da base aliada do prefeito Fernando Haddad.
Para funcionar já no recesso que começa na próxima segunda-feira, as bancadas se apressaram para indicar os membros. Além de Fiorilo, Dalton Silvano (PV), Edir Salles (PSD), Milton Leite (DEM), Adilson Amadeu (PTB), Nelo Rodolfo (PMDB) e Eduardo Tuma (PSDB) farão parte da composição da CPI.
Hoje, às 10h, eles se reunirão para decidir de quem será a relatoria. O líder tucano na Casa defende que a relatoria fique com Tuma, para que a CPI "chapa branca" não dê em nada. "Se depender do governo, nada vai ser investigado", atacou Floriano Pesaro.
Fiorilo voltou a defender sua proposta de CPI, que nega ser "chapa branca". Disse que o seu pedido de investigação determina um escopo, ou seja, um objeto único de investigação, que é a planilha que estabelece o preço da tarifa. "O PT entendeu que é possível fazer o debate por meio de uma CPI. Nós vamos presidir uma CPI com objeto que será averiguado", defendeu. Dos 53 vereadores presentes, 11 votaram contra a preferência da instalação da CPI de Fiorilo, e 2 se abstiveram.
Outros dois pedidos de CPI dos Transportes foram apresentados pela oposição, mas não obtiveram apoio suficiente: um do vereador Ricardo Young (PPS) e outro de Paulo Frange (PTB).
Young disse não estar frustado por entender que só depois da sua pressão e da pressão popular o governo entendeu que uma investigação era "inevitável e necessária", e só lamenta pelo formato em que a CPI será instalada, com "maior espaço para base do governo", com menor escopo e menos membros. "O governo não quer ser controlado pela sociedade, e quer manter o controle dessa CPI", disse. De fora da comissão por causa da proporcionalidade partidária - o PPS só tem dois vereadores na casa, o que exclui da conta que define as composições - Young promete participar ativamente dos trabalhos, acompanhando as reuniões e fazendo os requerimentos possíveis.
Ontem, os vereadores aprovaram a existência de uma terceira CPI na Casa, já que o regimento permite apenas o funcionamento de duas simultaneamente. O governo enfrentou dificuldades em articular contra a abertura da terceira comissão, dentro do próprio PT e entre parlamentares da Frente Parlamentar Cristã, insatisfeitos com os vetos de Haddad a um projeto que flexibilizaria a concessão de alvarás para templos religiosos.
Em resposta aos protestos, Haddad afirmou que vai suspender a bilionária licitação dos ônibus da cidade , a maior da história da Prefeitura de São Paulo. Ele fez o anúncio em entrevista ao programa SPTV da TV Globo. O custo da nova licitação, que valeria por até 15 anos, era de R$ 46,3 bilhões.
Pressão para aprovar CPI
As galerias do plenário estavam cheias, com manifestantes e representantes de cooperativas de ônibus da capital. A maioria da Fecotransp, representada por Paulo Korek Farias, também presidente da Cooperlíder, empresa que opera nos consórcios das áreas 6 e 7, na zona Sul de São Paulo. A região abrange zonas eleitorais de Milton Leite, principal cotado para assumir a relatoria da CPI, e de Arselino Tatto, líder do governo. Integrantes do Movimento Passe Livre também foram à Câmara para pedir a abertura da CPI.
GILV@N VI@N@

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