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21 novembro, 2012

JULGAMENTO DO MENSALÃO

STF faz hoje 1ª sessão do julgamento do mensalão presidida por Joaquim Barbosa

Relator toma posse amanhã como presidente da Corte, mas já comanda interinamente os trabalhos a partir de hoje; pena do petista João Paulo Cunha pode entrar em pauta.

Estilo de Barbosa cria expectativa entre colegas
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira o julgamento do mensalão e deve definir a pena contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelos crimes de corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Será a primeira vez que o ministro Joaquim Barbosa acumulará a função de presidente do Supremo e de relator do julgamento do mensalão. Ele será empossado amanhã no novo cargo , mas já exerce interinamente a função desde a última segunda-feira, após a aposentadoria compulsória do ministro Carlos Ayres Britto.
Na semana passada, o Supremo estipulou as penas contra o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino e os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabelo, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. Dirceu cumprirá 10 anos e 10 meses de prisão; Delúbio, 8 anos e 11 meses e Genoino, 6 anos e 11 meses. Dirceu e Delúbio cumprirão pena em regime fechado e Genoino, em regime semiaberto. Rabelo foi condenada a 16 anos e 8 meses. Salgado a 16 anos e 8 meses e Samarane 8 anos e 9 meses, respectivamente.
Oficialmente, não foi divulgada a ordem de definição de penas, mas a tendência é que o Supremo discuta a dosimetria contra o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e conclua as penas contra Rogério Tolentino, um dos sócios de Marcos Valério. O Supremo ainda não definiu a pena contra ele pela condenação no crime de lavagem de dinheiro.
Em duas sessões, os ministros começaram a analisar esse item mas não conseguiram chegar a um acordo. Na sessão da quarta-feira da semana passada, por exemplo, Barbosa sugeriu a pena de prisão de 5 anos, 3 meses e 10 dias. Rosa Weber divergiu do relator e pensou em uma pena menor, de 3 anos e 4 meses. A questão não foi fechada porque dois ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia não puderam votar na semana passada.
Em seguida, provavelmente entrará na pauta do julgamento a definição de pena contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha. Também existe a expectativa do Supremo começar a estipular as penas contra os ex-congressistas condenados por ter recebido dinheiro do esquema, entre os quais Roberto Jefferson, considerado o delator do mensalão.
Polêmica
No Supremo Tribunal Federal, é grande a expectativa quanto à forma como o ministro Joaquim Barbosa vá conduzir os trabalhos nesta quarta-feira. Considerado menos “político” que o ex-presidente Ayres Britto, alguns ministros temem que Barbosa não consiga dialogar com os demais ministros e se exalte na função de presidente da corte.
Como relator, Joaquim Barbosa precisou ser contido pelo presidente Ayres Britto em várias ocasiões do julgamento, após atritos contra o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski. Hoje, a expectativa é que essa função de apaziguador do Supremo fique com o ministro Luiz Fux, com o qual Barbosa tem maior proximidade.
Barbosa terá como missão concluir a dosimetria de 15 dos 25 condenados no julgamento do mensalão. Ele acredita que a partir de agora os trabalhos serão concluídos mais rapidamente porque o Supremo já definiu as penas contra os réus mais importantes do processo, entre os quais o publicitário Marcos Valério e o ex-ministro José Dirceu.
Depois da dosimetria, os ministros ainda vão definir questões como a expedição de mandado de prisão contra os réus. Também vão avaliar a perda automática do mandato para os deputados federais em atividade: além de João Paulo Cunha, aparecem na lista Valdemar Costa Neto (PL-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
Fonte: iG Brasília
Gilv@n Vi@n@

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