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02 setembro, 2011

Mulheres apoiam projeto de mais igualdade no trabalho

Em audiência da CRA, medidas que promovem oportunidades iguais para os gêneros recebem aprovação de sindicalistas que atuam em defesa dos direitos da mulher 
Ana Amélia (C) ouve as sindicalistas Jussara Lopes, Sônia Zerino, Ailma de Oliveira e Maria Auxiliadora dos Santos
 Mais proteção e igualdade de direito às mulheres nas relações de trabalho. Esse foi o pedido feito ontem por quatro sindicalistas ligadas à defesa dos direitos das mulheres. Elas participaram de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para discutir o projeto de lei (PLS 136/11) que estabelece medidas de proteção à mulher e procura garantir iguais oportunidades de acesso, permanência e remuneração no trabalho. Todas defenderam a aprovação da proposta, de autoria de Inácio Arruda (PCdoB-CE) e que tem Jayme Campos (DEM-MT) como relator na CRA.
A secretária nacional de Políticas para a Mulher da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, afirmou que o Brasil é discriminador, principalmente no mercado de trabalho. Segundo ela, mesmo com mais qualificação, a mulher ainda ganha menos que os homens. "O projeto é fundamental", disse.
Já para a diretora executiva da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CBT), Ailma Maria de Oliveira, a falta de autonomia econômica, a falta de oportunidades de ascensão, os assédios moral e sexual, a discriminação, o preconceito e a sobrecarga devido à dupla jornada de trabalho são algumas das formas de violência sofrida pela mulher no trabalho.
Agravante racial
Para Ailma, a aprovação do PLS 136/11, de autoria de Inácio Arruda , traz grandes perspectivas porque promove a discussão inclusive com relação a cor, já que, segundo ela, mulheres negras sofrem ainda mais preconceito do que as brancas.
A diretora para Assuntos da Mulher e da Juventude da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Sônia Zerino da Silva, lembrou que as trabalhadoras rurais também sofrem discriminação. Para garantir maior proteção tanto no meio urbano quanto no rural, Sônia sugeriu incluir no projeto a criação da Comissão Interna Pró-Igualdade (Cipi), um órgão fiscalizador das empresas. Também sugeriu a criação do Cadastro de Empregadores Responsáveis por Atos Discriminatórios (Cerad).
A secretária nacional da Mulher da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Jussara Silva Lopes, ressaltou que a segunda jornada da mulher, em casa, não costuma ser compartilhada com seus companheiros. Ela assinalou que, aos poucos, as mulheres estão rompendo essas barreiras. 
Fonte: senado.gov.br
Gilv@n Vi@n@ 

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