O maior sindicato italiano, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), convocou para esta terça-feira uma greve geral e manifestações em cerca de 100 cidades para protestar contra o plano de ajuste orçamentário aprovado pelo governo de Silvio Berlusconi, e que hoje chega ao Senado para sua discussão e aprovação.
A greve foi convocada pela CGIL contra medidas que, segundo o sindicato, eliminam os direitos dos trabalhadores e condenam o país "à recessão econômica e à decadência civil".
Segundo fontes do sindicato, a ideia é protestar não só contra o último plano de ajuste de 45,5 bilhões de euros aprovado pelo governo em 12 de agosto, mas também pelo outro plano de austeridade ratificado pelo Parlamento em 15 de julho.
O sindicato denuncia que com seus dois planos Berlusconi "impôs mais taxas aos trabalhadores e aos aposentados e promoveu cortes em serviços e na saúde, sem garantir o equilíbrio das contas públicas e sem favorecer o crescimento e a ocupação".
Foram convocadas interrupções de oito horas por turno em todos os setores, explicou a CGIL, assim como manifestações em mais de 100 cidades italianas, entre elas as mais importantes do país, como Roma, Milão, Nápoles e Turim.
Um dos primeiros efeitos do protesto foi que o diário "Corriere della Sera" não chegou às bancas nesta terça-feira devido à greve dos tipógrafos, que não alcançaram um acordo com a direção para garantir a publicação do rotativo.
A greve coincidirá com a chegada do texto do plano de ajuste ao Senado para sua discussão e aprovação, o que deve acontecer até o final desta semana. Na sequência, o projeto deverá ser ratificado pela Câmara dos Deputados.
Fonte: 1.folha.uol.com.br/mundo
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