Estudos apresentados por professores no Senado mostram que mudanças climáticas aceleraram a redução da biodiversidade no país. Duplicação das áreas degradadas a cada década também exige atenção, dizem eles
Roberto Cavalcanti, Thomas Lovejoy, Cristovam Buarque e Miguel Marini: expectativa de que Rio+20 resulte em medidas que diminuam impacto das mudanças no clima |
Especialistas reunidos pela Subcomissão de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas previram ontem mais transformações nos ecossistemas devido a mudanças no clima, o que pode levar a uma aceleração no ritmo de extinção de espécies. O objetivo da audiência, presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), era discutir formas de preservar a biodiversidade.
Miguel Ângelo Marini, professor da Universidade de Brasília, mostrou que as espécies que não forem perdidas viverão em regiões mais restritas e tenderão ao deslocamento para áreas mais favoráveis. No caso do Brasil, o aumento da temperatura causará migração das espécies para o sul, onde faltam unidades de conservação para abrigá-las.
A transformação poderá se tornar um problema de saúde pública, alertou Marini, citando como exemplo a expansão da área sujeita à leishmaniose. O cientista acredita que o Brasil deva ampliar seus estudos sobre o meio ambiente para colocar-se à altura da importância do país na biodiversidade mundial.
Thomas Lovejoy, professor de Política Ambiental da Universidade George Mason (EUA), exaltou a riqueza da biodiversidade brasileira e assinalou os benefícios na área farmacêutica e agrícola gerados pelas pesquisas da Embrapa. O professor lamentou, porém, as elevadas taxas de extinção de espécies no Brasil.
A situação pode se agravar, segundo Lovejoy, com o aumento previsto de 2 graus na temperatura mundial, o que seria excessivo para a sobrevivência de muitas espécies. Outra preocupação é com o número de áreas mortas, que estão duplicando a cada década, com consequências para a agricultura e a pesca.
Roberto Cavalcanti, também da UnB, afirmou que é preciso "dar uma chance" à biodiversidade. O professor fez uma longa exposição sobre as transformações de clima e de espécies no Cerrado e defendeu a criação de mecanismos mais sofisticados de inter-relação entre as áreas social, econômica e ambiental. Em sua opinião, a crescente importação de matérias-primas pela Ásia destaca a necessidade de manter no Brasil uma economia baseada na manutenção da diversidade.
Ao encerrar a reunião, Cristovam Buarque criticou o que chamou de pensamento majoritário dos economistas e destacou o conceito de capital natural. Ele se disse otimista com os resultados que serão obtidos a partir da conferência Rio+20, marcada para junho do próximo ano, no Rio de Janeiro.
Miguel Ângelo Marini, professor da Universidade de Brasília, mostrou que as espécies que não forem perdidas viverão em regiões mais restritas e tenderão ao deslocamento para áreas mais favoráveis. No caso do Brasil, o aumento da temperatura causará migração das espécies para o sul, onde faltam unidades de conservação para abrigá-las.
A transformação poderá se tornar um problema de saúde pública, alertou Marini, citando como exemplo a expansão da área sujeita à leishmaniose. O cientista acredita que o Brasil deva ampliar seus estudos sobre o meio ambiente para colocar-se à altura da importância do país na biodiversidade mundial.
Thomas Lovejoy, professor de Política Ambiental da Universidade George Mason (EUA), exaltou a riqueza da biodiversidade brasileira e assinalou os benefícios na área farmacêutica e agrícola gerados pelas pesquisas da Embrapa. O professor lamentou, porém, as elevadas taxas de extinção de espécies no Brasil.
A situação pode se agravar, segundo Lovejoy, com o aumento previsto de 2 graus na temperatura mundial, o que seria excessivo para a sobrevivência de muitas espécies. Outra preocupação é com o número de áreas mortas, que estão duplicando a cada década, com consequências para a agricultura e a pesca.
Roberto Cavalcanti, também da UnB, afirmou que é preciso "dar uma chance" à biodiversidade. O professor fez uma longa exposição sobre as transformações de clima e de espécies no Cerrado e defendeu a criação de mecanismos mais sofisticados de inter-relação entre as áreas social, econômica e ambiental. Em sua opinião, a crescente importação de matérias-primas pela Ásia destaca a necessidade de manter no Brasil uma economia baseada na manutenção da diversidade.
Ao encerrar a reunião, Cristovam Buarque criticou o que chamou de pensamento majoritário dos economistas e destacou o conceito de capital natural. Ele se disse otimista com os resultados que serão obtidos a partir da conferência Rio+20, marcada para junho do próximo ano, no Rio de Janeiro.
Fonte: senado.gov.br
Gilv@n Vi@n@
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