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22 setembro, 2013

MUNDO / ALEMANHA

Alemães votam em legislativas que podem prolongar 'era Merkel'

Cenário mais provável é aliança entre conservadores e social-democratas.
Radical de esquerda, Die Linke aparece com 9% nas últimas pesquisas.
Os alemães vão às urnas neste domingo (22) para eleger 598 deputados da 18º Bundestag, a câmara baixa do Parlamento, que escolhe o chefe de governo (chanceler), numa eleição que pode prolongar a administração da atual líder Angela Merkel.
A dois dias das eleições, uma pesquisa realizada pela Forsa e encomendada pela emissora RTL, revelou que os conservadores União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel obteriam 40% dos votos, enquanto o liberal FDP conquistaria apenas 5%, o mínimo exigido para permanecer no Parlamento alemão, o Bundestag.
Com um total combinado de 45%, as duas forças não conseguiriam uma maioria parlamentar. O cenário mais provável seria, então, a formação de uma aliança entre os conservadores e social-democratas.
Merkel vota neste domingo em zona eleitoral em Berlim (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)Merkel vota neste domingo em zona eleitoral
em Berlim (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
De acordo com a pesquisa, os sociais-democratas (SPD) alcançariam 26% dos votos, um resultado insuficiente para formar uma maioria com os seus aliados tradicionais, os Verdes, que obteriam 10%. O radical de esquerda Die Linke receberia 9% dos votos.


Prognóstico
Aos 59 anos, Merkel está perto de obter o terceiro mandato como chanceler. Ela é a personalidade preferida dos alemães, muito à frente do candidato de seu principal adversário, o Partido Social-Democrata (SPD), Peer Steinbrück. No entanto, ela pode se ver obrigada a negociar uma aliança com o partido, tal como aconteceu em seu primeiro mandato (2005-2009).

"Os eleitores estão satisfeitos com a chanceler, mas não com o governo. Parece que teremos uma mudança parcial de governo", afirmou o cientista político Karl-Rudolf Korte da Universidade de Duisburgo, entrevistado pela agência de notícias France Presse.
O candidato do SPD, Peer Steinbrück, insistiu na quinta-feira à noite na necessidade de "livrar-se deste governo" e atacou o balanço do mandato de Merkel, especialmente no campo social, como os salários baixos ou as pensões reduzidas. "Concedam seu voto aos deputados do SPD para que possam eleger-me chanceler", disse em Berlim.
Propaganda mostra sinais-símbolos usados pelos dois principais candidatos alemães: o dedo do meio de Steinbrück e a mão em formato de diamante de Merkel (Foto: Johannes Eisele/AFP)Propaganda mostra sinais-símbolos usados pelos dois principais candidatos alemães: o dedo do meio de Steinbrück e a mão em formato de diamante de Merkel (Foto: Johannes Eisele/AFP)
Como funciona

Os primeiros resultados das legislativas serão publicados a partir das 13h de Brasília. O sistema eleitoral alemão combina uma apuração direta em um único turno e uma apuração proporcional.

A metade das cadeiras (299) será atribuída por sistema uninominal direto proporcional às regiões administrativas. O candidato que ficar em primeiro lugar será eleito, mesmo que não alcance os 50%. Mas os eleitores dispõem de um segundo voto, que deve atribuir a uma lista apresentada pelos partidos de cada estado regional.

O eleitor tem direito de votar com sua segunda cédula em outro partido diferente do que elegeu primeiro.

Este segundo voto será muito importante porque o resultado derivado determina o número de deputados enviados por cada partido ao Bundestag, e, portanto, a relação de forças na futura assembleia.

A Baviera, por exemplo, envia 90 deputados ao Bundestag: 45 eleitos nas regiões administrativas e 45 nas listas. Se um partido obtiver 40% dos segundos votos, terá direito a 40% das 90 cadeiras, ou seja, a 36 mandatos.

Se este partido obtiver 30 mandatos diretos (dos 45), é completado com 6 eleitos provenientes das listas. Em compensação, se obtiver 40 mandatos diretos, conserva seus 4 eleitos suplementares, e isso faz com que a Bundestag tenha um número de cadeiras superior aos 598 previstos inicialmente.
Gilv@n Vi@n@

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