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26 julho, 2013

ADEUS

Ao som de sanfoneiros e com chuva de pétalas, Dominguinhos é enterrado

Dia foi de homenagens ao músico, durante o velório no Recife.
Sepultamento aconteceu no Morada da Paz, na Região Metropolitana.
Grupo de sanfoneiros, músicos e familiares acompanharam sepultamento de Dominguinhos (Foto: Priscila Miranda / G1)
Com uma chuva de pétalas de rosas, o cantor José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, 72 anos, foi sepultado, pouco antes das 19h desta quinta-feira (25), no cemitério Morada da Paz,  em Paulista, no Grande Recife. Com a presença de um grande grupo de sanfoneiros, canções do próprio Dominguinhos também não faltaram. A cerimônia encerra as homenagens deste dia em que Pernambuco se despediu do sanfoneiro, que morreu na última terça-feira (23), em São Paulo, onde estava internado desde janeiro.
Filha do artista, Liv Moraes, a ex-mulher Guadalupe e o músico Cezzinha se emocionaram no momento do sepultamento. Fãs e amigos se apertaram no espaço montado no cemitério para ver, pela última vez, o caixão de Dominguinhos. Após a apresentação dos sanfoneiros, o toque de uma corneta anunciou o sepultamento. Pétalas de rosa caíram em cima do caixão e os presentes bateram palmas.
Velório na Alepe
O velório começou às 8h e foi até as 17h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ao longo de todo o dia, amigos, parentes e fãs anônimos foram se despedir do sanfoneiro. A estudante Melizia Soares acompanhou o início do cortejo. "Ele marcou a nossa vida, assim como Luiz Gonzaga. Meu pai e minha mãe sempre escutaram as músicas dele, vim dar adeus a esse mestre da sanfona", contou.

Uma das últimas a chegar à Alepe, a cantora Elba Ramalho ficou ao lado da filha de Dominguinhos, Liv Moraes, e no discurso fez questão de ressaltar as qualidades do artista. "Ele nunca me magoou e eu nunca o magooei. Isso é algo raro. Dominguinhos era como uma fonte de água cristalina. Ele deixa um legado de simplicidade, humildade e capacidade. Que Deus abençoe e que a Ave Maria esteja com ele".
O músico Geraldo Azevedo cantou 'Assum preto' e afirmou que Dominguinhos vai estar sempre perto dele. "Sempre fomos muito amigos. Ele é o exemplo maior do artista real, aquele sem volúpia, sem vaidades. Gravou com os grandes nomes da música brasileira. A alma dele, a obra e as músicas vão ficar para sempre".
Durante a cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos também fez questão de prestar sua homenagem. "Dificilmente se encontra um artista tão importante com tanta simplicidade. Os artistas têm a capacidade de sobreviver além da vida que Deus nos dá", apontou o governador, lembrando ainda que o músico ajudou muitas pessoas em seu caminho.
A celebração de encomendamento do corpo foi celebrada pelo padre Josenildo Tavares. "Dominguinhos deixou sua marca no mundo, que foi a simplicidade e a humildade. Junto a Luiz Gonzaga, Sivuca e Marinês, imaginem que festa deve estar lá no céu", disse o religioso durante a celebração. O cortejo com o corpo do artista saiu da Alepe em carro aberto, em um veículo do Corpo de Bombeiros, acompanhado de cinco batedores da Polícia Militar.
Histórico
corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo desde a madrugada de quarta (24) e partiu para o Recife às 23h10 do mesmo dia. O velório no Recife foi aberto ao público. O artista morreu aos 72 anos. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital Sírio Libanês, onde estava internado desde janeiro, o músico morreu às 18h da terça (23), em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Ao longo do tratamento, ele desenvolveu insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Antes de ser transferido para a capital paulista, o artista esteve internado por um mês em um hospital do Recife.
Gilv@n Vi@n@

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