RN tem potencial para produzir 20 mil toneladas de tilápia
Apesar
do baixo volume produzido atualmente, o Rio Grande do Norte tem
condições de ampliar de cerca de 800 para 20 mil o número de gaiolas
para criação de tilápias em 13 reservatórios públicos liberados para a
atividade. Isso representaria um salto produtivo de 20 mil toneladas do
pescado por ano, já seguindo a nova instrução normativa da Lei Estadual
de número 8.769/2005, que disciplina o uso das águas interiores no
estado.
A projeção é do Sebrae no Rio Grande do Norte e foi apresentada pelo
diretor técnico da Instituição, João Hélio Cavalcanti Júnior, nesta
segunda-feira (18), durante o seminário Pesca, Aquicultura e
Carcinicultura, que faz parte da série Motores do Desenvolvimento do RN,
promovida pelo jornal Tribuna do Norte.
João Hélio Cavalcanti foi um dos palestrantes do seminário, que
reuniu ministros, empresários e representantes das instituições ligadas
aos setores da carcinicultura, pesca e aquicultura do Rio Grande do
Norte. “Há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. O nosso volume
de produção ainda é pequeno. Os produtores ainda não têm escala para
suprir as demandas exigidas pelo mercado. Falta integração entre todos
os agentes da cadeia produtiva e a cultura do consumo de tilápia ainda é
restrita. Algo precisa ser feito para reverter essa situação”, enfatiza
João Hélio Cavalcanti.
A baixa produção potiguar acompanha os números do consumo per capita.
No Brasil, são consumidos em torno de 9 a 10 quilos de tilápia por ano
e, no Nordeste, são 5 quilos por ano. Embora não se tenha estatísticas
oficiais, sabe-se que o consumo per capita no RN fica inferior às médias
brasileira e nordestina. Segundo o executivo do Sebrae, há déficit
mundial para pescado da ordem de 34 milhões de toneladas, que pode ser
suprido através da aquicultura. “Temos condições favoráveis para
produzir tilápia assim como camarão”, diz João Hélio Cavalcanti
comparando com o estado vizinho.
Gilv@n Vi@n@
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