Pesquisa realizada nas capitais conclui que cidadão quer votar diretamente no candidato a deputado ou vereador, e que seja eleito o mais votado em parte do estado ou município
A maioria dos eleitores das capitais quer votar diretamente no candidato a deputado ou vereador e defende que seja eleito o mais votado, em uma parte do estado ou município — sistema conhecido como distrital puro. Também é vontade de seis em cada dez pessoas que o voto no Brasil seja facultativo. Isso é o que revela pesquisa realizada pelo DataSenado.
Entre os dias 21 e 29 do último mês, foram ouvidas por telefone 797 pessoas com idade a partir de 16 anos, residentes nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal. Os pesquisadores utilizaram um questionário estruturado com respostas estimuladas e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A preferência pelo sistema distrital puro se manifesta pelas respostas dadas a três questões: 83% dos entrevistados querem que o voto seja dado diretamente ao candidato (e não ao partido ou a uma lista pré-definida), 55% querem que sejam eleitos os candidatos mais votados e 64% defendem que a circunscrição eleitoral seja uma pequena região do estado ou do município.
Por contar com poucos adeptos na Comissão de Reforma Política do Senado, o sistema distrital não foi incluído entre as opções votadas pelo colegiado. Os senadores escolheram inicialmente entre o sistema proporcional com lista fechada, o distrital misto com lista fechada e o "distritão". Depois, a escolha ficou restrita aos dois mais votados: distritão e proporcional com lista fechada. Esse último recebeu mais votos e integrará o anteprojeto que o colegiado apresentará no fim dos trabalhos.
A decisão da comissão sobre a obrigatoriedade do voto também é diferente da opinião da maioria expressa na pesquisa. Os senadores vão propor que o voto continue sendo compulsório, enquanto a pesquisa apontou que 65% dos eleitores preferem o voto facultativo. Vale ressaltar que 85% dos entrevistados afirmaram que iriam às urnas, mesmo se o voto deixasse de ser obrigatório.
Para cargos eletivos do Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República), a maioria (58%) quer manter o atual modelo de mandatos de quatro anos com direito a uma reeleição. A comissão vai recomendar o fim da reeleição e o aumento dos mandatos para cinco anos.
Conforme a vontade de sete em cada dez entrevistados, cada senador deveria ter apenas um suplente, que assumiria a vaga em caráter provisório. Essa é a posição aprovada pela Comissão de Reforma Política. Pela proposta, nos casos de morte, cassação ou renúncia, haveria nova eleição.
Fonte: jornal do senado
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