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31 março, 2017

Feitiço brasileiro

filme lava jatoSão Paulo dá café, Minas dá leite , e a Vila Isabel dá samba. “Feitiço da Vila” , composto por Noel Rosa em 1934 , pode ganhar nova estrofe 82 anos depois, começando com o nada lírico “O Brasil dá ficção”. A realidade brasileira é tão cinematográfica que nem precisa de script, é só aguardar o desenrolar dos fatos que as cenas surgem prontas , vigorosas, enquadradas. Foi assim em toda América Latina na década de 70, 80 , com o realismo mágico traduzido na literatura por Garcia Marques, Julio Cortázar, Alejo Carpentier, Jorge Luis Borges, Manuel Scorza. Depois veio o exorcismo dos anos de chumbo deslanchado com filmes como “A Historia Oficial”,  do argentino Luís Puenzo em 1985, na época proibido no Brasil.
De repente o Brasil se encontrou com um realismo cruel, nada mágico. Quase ganhou o Oscar com “Cidade de Deus” que rendeu filhotes, e com a bilheteria de ” Ônibus 174″ e ” Tropa de Elite” a nossa cinematografia nem se preocupava em trilhar a linha bem sucedida da chanchada , do Cinema Novo. Agora tínhamos outro filão.
É o Brasil real. Com estréia marcada para junho, “Lava-Jato”,  o filme, vai exportar para o mundo a nova modalidade brasileira. É a maior operação anticorrupção do mundo, com personagens para Lula (Ary Fontoura), o juiz Sérgio Moro ( Marcelo Serrado), contando a história fantástica da dilapidação da imagem de um país que já foi capa do The Economist para o bem e para o mal. Dirigido por Marcelo Antunes e produzido por Tomislav Blazic , orçado em 14 milhões de reais, vai ser um sucesso. A Lava-Jato também vai virar série na Netflix dirigida pelo mesmo José Padilha de “Tropa de Elite”.
O próximo a aparecer nas telas é ” Tudo ou Nada”, dirigido por Mariza Leão, baseado no livro de Malu Gaspar sobre Eike Batista que durante muitos anos foi a esperança de um Rio de Janeiro equiparado ao Primeiro Mundo.
Gilv@n Vi@n@

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