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09 janeiro, 2013

ECONOMIA


Moeda de R$ 1 trilhão não resolveria dívida do Brasil

Para economistas, não haveria restrição para o governo imprimir moeda trilionária no país, mas solução está na rolagem da dívida

Moeda de R$ 1 trilhão poderia ser impressa, dizem economistas
Uma proposta inusitada chegou à Casa Branca para resolver o problema da dívida norte-americana, que extrapolou o teto de US$ 16,4 trilhões no dia 31 de dezembro. Basta ao presidente Barack Obama imprimir uma moeda de US$ 1 trilhão . A medida ganhou repercussão na internet e ganhou o “apoio” do economista Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, que disse se tratar de uma ideia “boba, mas benéfica”. E, no Brasil, isso seria possível?
Segundo economistas, não existe barreira legal que impeça o governo de imprimir, por exemplo, uma cédula de R$ 1 trilhão. Mas, eles dizem, a medida é ineficiente e pode trazer grandes perdas para a economia, tanto no curto quanto no longo prazo. “Jogar R$ 1 trilhão na economia brasileira aumentaria tanto a oferta monetária que os juros disparariam”, diz o economista André Perfeito, da Gradual Corretora.
Perfeito explica que, no caso dos Estados Unidos, a medida é menos “maluca”, pois os norte-americanos “a rigor, não tem problema fiscal”. “Quem tem problema fiscal é quem não consegue rolar dívida. A dívida norte-americana é altamente financiável pelo mundo.”
Tharcisio Souza Santos, diretor do FAAP MBA, diz que não haveria problemas de lastro com a moeda trilionária. “Hoje, a moeda é fiduciária. O ‘lastro’ é o tamanho do PIB do país, mas isso é simbólico.”
Já Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria, diz que a medida “não faz o menor sentido”. “O que importa para a dívida interna é que tenha condições de ser rolada. Isto é, que o mercado, confiando no governo, continue financiamento suas ações.”
Gilv@n Vi@n@

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