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22 outubro, 2012

ECONOMIA


Só 5,4% das grandes empresas brasileiras têm mulheres em seus conselhos

Pesquisa mostra que percentual só é maior, na América Latina, que o chileno e é inflado por conselheiras de empresas familiares; Senado prepara projeto de lei com cotas em estatais

O Brasil abriga pouco mais da metade, das 100 maiores empresas da América Latina. Porém, em  95% delas não há mulheres em seus conselhos de administração, segundo pesquisa feita pelo instituto de pesquisas Corporate Women Directors International (CWDI) na América Latina.
A região é, entre as áreas nas quais a pesquisa já foi feita, a que tem pior desempenho, com 5% de mulheres presentes nos conselhos das maiores empresas. A América Latina fica atrás da América do Norte (15%), da Europa (14%) e da região Ásia-Pacífico (7,1%). 
Entre os países da região, o Brasil só não perde para o Chile, onde só 3,4% das grandes empresas têm mulheres em seus conselhos. A Colômbia lidera o ranking, com 9,9%. Além de o percentual ser pequeno, ele é distorcido, já que 30% das conselheiras ocupam o cargo por fazerem parte das famílias donas dos negócios e não por serem profissionais de mercado.
Irene (no centro): "Foi por causa das cotas que boas profissionais e conselheiras foram encontradas e colocadas em espaços masculinos na França, Espanha e Noruega"
"Abrir espaço para as mulheres é muito difícil", afirma Irene Natividad, presidente da CWDI , que esteve na semana passada em São Paulo participando de encontros com líderes femininas após a abertura de um pregão da BM&FBovespa. "Leva-se muito tempo para renovar um conselho e, se não houver um sistema de cotas, nada mudará, como aconteceu nos últimos 30 anos."
Segundo ela, foi por conta da política de cotas na França que, entre 2007 e 2012, o número de conselheiras mulheres saltou de 6,4% para 23,7%. Na Espanha, o percentual passou de 6% para 12,1%, no mesmo período. " Cotas não são sinônimo de incompetência , mas uma chave para abrir uma porta fechada às mulheres. Foi por causa delas que essas mulheres talentosas e capacitadas foram encontradas."
No Brasil, um projeto de lei que busca fixar uma cota mínima de mulheres nos conselhos das estatais e empresas de capital misto tramita no Senado.
Fonte: iG/SP
Gilv@n Vi@n@

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