Comissão da Câmara cobra rapidez nas obras de transposição do rio São Francisco
Pode parecer contrassenso falar de crise hídrica em pleno período de chuva na maior parte do País, mas a comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha os projetos de revitalização do rio São Francisco e sua integração com outras bacias hidrográficas do Nordeste tem motivos suficientes para não deixar o assunto em segundo plano.
O colegiado começou a funcionar em fevereiro de 2015, fez visitas técnicas às obras e realizou três seminários regionais: em Pirapora (MG), Mossoró (RN) e Juazeiro do Norte (CE). Tanto nos seminários regionais quanto nas audiências públicas, na Câmara, foram ouvidos ambientalistas, pesquisadores, autoridades dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades, além de representantes da sociedade civil e dos governos estaduais e municipais.
Para o relator da comissão externa, deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), é preciso que a vigilância do Parlamento se intensifique. “A crise hídrica é muito grave. Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará sofrem muito. Para se ter uma ideia, na Paraíba, o manancial de São Gonçalo, em Sousa, está com 3% [de capacidade]; o Coremas Mãe-D’Água e o Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que abastecem a região da grande Campina, estão com 13% de capacidade. E uma obra estruturante, importante e até definitiva para minimizar essa situação é a transposição”, disse o deputado.
Gilv@n Vi@n@
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