Palavras de cardeal brasileiro inspiraram nome do papa
Francisco é uma homenagem a São Francisco de Assis, que defendia os pobres e a paz
Papa Francisco conversou com jornalistas em sala com capacidade para 8 mil pessoas no Vaticano |
O papa Francisco revelou neste sábado (16) a jornalistas que se inspirou nas palavras do cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, que é arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação de Bispos, para escolher seu nome. Francisco contou que à medida que a eleição, no conclave, evoluía para a escolha de seu nome como novo papa, dom Hummes o abraçou e recomendou: “Não se esqueça dos pobres”. Em seguida, dom Hummes o abraçou novamente e beijou.
Ao ouvir as palavras do cardeal brasileiro, o pontífice pensou em São Francisco de Assis, que defendia os pobres e a paz. “Imediatamente me veio à mente São Francisco, o defensor dos pobres, que combatia as guerras e o homem da paz”, disse o papa, que se comunicou a maior parte do tempo em italiano, mas também falou em espanhol.
Francisco disse que recebeu sugestões para escolher o nome de Adriano em alusão ao papa Adriano VI, reformador e considerado moderno. Outra sugestão era o nome Clemente. “Mas aí eu disse: 'Não, Clemente foi o papa que pensou em extinguir a ordem dos jesuítas , a minha. Isso não posso fazer”, contou.
Bom humor
O papa demonstrou simpatia e bom-humor na breve audiência com os jornalistas, que durou menos de 30 minutos. O local escolhido foi a Sala Paulina, no interior do Vaticano, com capacidade para 8 mil pessoas. A sala ficou lotada. Muitos profissionais e funcionários do Vaticano levaram as famílias para a audiência.
Francisco provocou gargalhadas ao brincar com o ritmo excessivo de trabalho nos últimos dias. “Obrigado pelo trabalho de vocês. Como vocês trabalharam nos últimos dias”, disse em italiano, dando um sorriso em seguida. Ele acrescentou que a igreja e a imprensa têm “pontos de proximidade na comunicação” com os povos. Segundo o papa, ambas são orientadas pelos mesmos princípios – a verdade, a bondade e a beleza. Em seguida, disse que, mesmo os não católicos, teriam sua bênção, pois todos são “filhos de Deus”.
“Sei que muitos aqui não pertencem à igreja. Mas peço que respeitem sua consciência [ao trabalhar] e sabendo que são filhos de Deus, eu os abençoo”, acrescentou, em espanhol.
Porém, o papa advertiu que a cobertura da imprensa sobre a igreja tem distinção em relação a outros temas. Segundo ele, na igreja o que guia as ações é o Espírito Santo, e não a política.
Durante a audiência, Francisco foi presenteado com uma cuia de chimarrão – que na Argentina é chamada de mate – pela jornalista argentina Virginia Bonard, que é especialista em temas religiosos. Ele sorriu, brincou e agradeceu.
O papa também surpreendeu ao cumprimentar uma pessoa com deficiência visual que estava com um cão-guia. Após cumprimentá-la, fez um carinho no cachorro – um labrador, que se comportou tranquilamente na frente do papa.
*As informações são da Agência Brasil
Gilv@n Vi@n@
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