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05 janeiro, 2015

Os sacrifícios econômicos que aguardam o Brasil em 2015

apertando o cintoA presidente Dilma tomou posse no dia 1º de janeiro entoando um discurso cheio de controvérsias. Afirmou que a economia brasileira vai bem e disse que os ajustes e as “correções” serão empreendidos sem que haja qualquer prejuízo aos programas sociais. Ao omitir a necessidade de medidas duras — algumas já estão até mesmo em andamento — Dilma sinaliza que, depois de vencer a eleição acirrada que quase tirou o PT do poder, vai delegar a seus ministros a função de mensageiros de maldades. Quer que os ajustes, quando anunciados, não sejam diretamente ligados a ela. A estratégia tem um quê de ingenuidade, pois pressupõe que um ministro de Estado terá autonomia para tomar qualquer decisão impopular sem o aval de quem manda. A presidente preferiu deixar para seus subordinados a abordagem de temas como o aumento de impostos e a criação de novas alíquotas, por exemplo. Além da recomposição do IPI, devem ser anunciados a volta da Cide e a elevação do IOF e de PIS/Cofins.
Dilma foi enfática ao garantir que nenhum ajuste será feito à custa do orçamento de programas sociais. O problema é que, devido à rigidez orçamentária, o valor discricionário, ou seja, que pode ser cortado, invariavelmente engloba obras do PAC, Bolsa Família, custeio da Saúde e subsídios. Segundo cálculos do especialista em contas públicas Felipe Salto, há um espaço de cerca de 30 bilhões de reais para cortes no projeto de lei orçamentária de 2015 — um valor pequeno quando se leva em conta que o governo pretende fazer, este ano, um superávit primário de 1,2% do PIB, ou 66,3 bilhões de reais. “Com base no projeto de lei, seria preciso um corte de 65 a 75 bilhões de reais para um ajuste real. Sem cortar programas, para se chegar ao superávit proposto, o governo terá de invariavelmente aumentar impostos”, afirma Salto à Veja.
Gilv@n Vi@n@

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