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13 janeiro, 2014

Papa Francisco está restaurando a credibilidade do catolicismo

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Apenas quatro meses depois de iniciar seu papado, Francisco pediu que os jovens católicos nas trincheiras que empunhassem armas espirituais para reformar uma empoeirada e doutrinária igreja que vinha perdendo fé e relevância. Ele disse também que as mulheres precisam ter um papel maior - não como madres, mas um papel que reconheça que Maria é mais importante do que qualquer um dos apóstolos. E ele virou o Vaticano de cabeça para baixo, possivelmente espalhando vento em uma cultura venenosamente homofóbica ao meramente pronunciar a palavra “gay” e dizer: “E daí?”
Entre tudo isso, ele conquistou milhões de fiéis e os principais veículos de imprensa, atraindo a segunda maior multidão já reunida em uma missa papal. Tudo isso deve fornecer a ele certa segurança à medida que for fazendo o que foi eleito para fazer: reformar não apenas a disfuncional burocracia do Vaticano, mas também a própria igreja, usando sua personalidade e sua história pessoal como modelo. “Ele está restaurando a credibilidade do catolicismo”, afirmou o historiador Alberto Melloni. Mas esse entusiasmo não é compartilhado por todos.
O antecessor de Francisco, Bento XVI, afagou os católicos tradicionalistas presos à antiga liturgia latina e se opôs às reformas modernizadoras do Concílio Vaticano II. Esse grupo recebeu a eleição de Francisco com preocupação e agora está vendo seus piores temores se tornarem realidade. Francisco falou publicamente e privadamente contra tais “grupos restauradores”, que ele acusa de serem retrógrados e sem ligação com a missão evangelizadora da igreja no século 21.
Sua decisão de proibir os padres de uma ordem religiosa de celebrar a antiga liturgia latina sem autorização explícita pareceu anular uma das maiores iniciativas do papado de Bento XVI: um decreto de 2007 permitindo amplo uso da liturgia latina anterior ao Concílio Vaticano II para todos que assim quisessem. O Vaticano negou que Francisco estivesse contradizendo Bento XVI, mas esses católicos tradicionais veem as palavras e as atitudes do atual papa como uma ameaça.
Gilv@n Vi@n@

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