A direção do SINTE/RN afirmou, em ofício dirigido à secretária municipal de educação de Natal Justina Iva, que a reposição da greve deve ser objeto de discussão dos conselhos escolares. O Sindicato reafirma sua posição de que a comunidade escolar de cada estabelecimento de ensino deve buscar a melhor forma de atender seus alunos.
“Com certeza a SME vai cobrar o calendário refeito. Alertamos a categoria para fazer as atas do Conselho Escolar para resguardarem a autonomia de uma instância que tem função deliberativa no âmbito de cada escola”, ressalta a coordenadora geral Fátima Cardoso.
Se a prefeitura atacar com a ordem de cumprimento dos 200 dias letivos, deve-se argumentar com a LDB, que deve ser citada nessas ocasiões e não somente para exigir unilateralmente o dever dos profissionais. “Quando se trata do dever do município a história é outra. A categoria foi brava ao iniciar o ano letivo em condições de precariedade e não teve quem exigisse as condições reais para se iniciar o ano letivo”, comenta Fátima Cardoso.
Diante das contradições do município que cobra o cumprimento dos 200 dias letivos, mas suspende aulas por falta de professores e por problemas de infra-estrutura, o SINTE/RN reafirma seu compromisso com a comunidade escolar.
A SME adota o ditado popular do “faça o que digo, mas não faça o que faço”. O governo aplica a tradição conservadora de pressionar que os educadores cumpram os 200 dias letivos, mas não é capaz de cumprir sua obrigação.
A reposição deve ser feita, mas da melhor forma, o que deve ser decidida no Conselho Escolar. A comunidade deve se reunir para garantir que os alunos não saiam prejudicados no seu processo de aprendizagem. Esse deve ser um compromisso profissional com os nossos melhores parceiros de luta.
Reposição da Greve Nacional da Educação
Com relação à Greve Nacional da Educação, o SINTE/RN reitera que os três dias não serão repostos. A medida foi decidida em assembleia pela categoria e não prejudicará o bom andamento das atividades escolares.
Gilv@n Vi@n@
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