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27 julho, 2012

“Comprar votos de deputados não é lutar pela democracia”, diz Delúbio Soares


Nas alegações finais para o julgamento do mensalão, na próxima semana, ex-tesoureiro do PT cita até o livro “Alice no pais das maravilhas”, de Lewis Carol

Delúbio Soares usa "Alice no país das maravilhas" 
para provar inocência
Apesar de confirmar a existência de um esquema de Caixa 2 dentro do PT nas eleições de 2002 e 2004, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, afirma no final de suas alegações entregues ao ministro relator do processo do mensalão Joaquim Barbosa, que tem um sonho: “Lutar pela democracia, pluralidade, transformações sociais, destinadas a eliminar a exploração, a injustiça, com o objetivo de construir o socialismo democrático”. Ainda segundo Delúbio, esse sonho não se realiza “comprando votos de parlamentares ou engendrando organizações criminosas. Não!”.
Nas suas argumentações, Delúbio nega a existência do mensalão, mas admite que omitiu da Justiça Eleitoral informações referentes à gastos de campanha do PT e de pagamento para outros partidos aliados, como o PL e o PTB. Delúbio confirma a tomada de empréstimos junto aos bancos BMG e Rural, assim como a sua relação com o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão. Na sua defesa, Delúbio disse que mantinha relações diretas apenas com Valério e não com outros deputados ou líderes de partido. O julgamento do mensalão começará no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quinta-feira, 2 de agosto.
Como estratégia de convencimento aos ministros do STF, a defesa de Delúbio utiliza-se até de uma célebre frase da rainha de Copas, personagem do livro “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carol. “Primeiro a sentença, depois do veredito”, sobre uma eventual condenação prévia do ex-tesoureiro do PT. “Este processo, desde a fase investigatória parlamentar, não conseguiu produzir contra ele provas de que tivesse corrompido parlamentares em troca de votos ou de que participasse de alguma organização criminosa”, dizem os advogados de Delúbio.
Em um trecho de forte apelo emocional, os advogados de Delúbio afirmam que ele é “homem desprendido” e que ele “vive com simplicidade, é pobre, a despeito de tantos milhões que passaram por suas mãos. Por isso mesmo, goza de imenso respeito entre os que compartilham suas posições políticas”. “Se das finanças do maior partido Político brasileiro não desviou um ceitil (moeda portuguesa) em proveito próprio – não há negá-lo – um deslize típico da democracia brasileira, e se dele fosse acusado, defender-se-ia, mas aceitaria a punição que acaso lhe tocasse”.
Fonte: Wilson Lima - iG Brasilia
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