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19 maio, 2011

GREVE da Educação: queda de braço entre SINTE e Governo

Reunião na Governadoria, com Representente do Governo e Representante do SINTE / RN

Na queda de braço entre o magistério e o governo, os dois divergem quanto ao percentual de professores que estão fora da sala de aula, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) informa que 93% dos professores cruzaram os braços, o outro lado diz que 42,6% dos profissionais paralisaram as atividades escolares.

A coordenadora geral do Sinte-RN, professora Fátima Cardoso, disse que, de fato, “a matemática do governo difere muito da do Sindicato”. Ela disse que uma situação esdrúxula persiste numa escola estadual na Diretoria Regional de Ensino (Dired), sediada em Angicos, “onde existe apenas um professor contratado e o restante são estagiários que estão dando aulas”.
Para o Sinte, também não contam para efeito de cálculo do número de professores que aderiram ou não à greve, os professores temporários e estagiários que estão dando aula.
O Sinte também relaciona como aquelas escolas que estão com 100% de suas aulas em andamento,  as que contam em sua maioria com professores do antigo primário, que corresponde a apenas 7% da categoria.
A Coordenadoria de Órgãos Regionais de Educação do Estado (CORE) informou que das 717 escolas espalhadas nos 167 municípios, 110 tinham escolas totalmente paralisadas nos três turnos – manhã, tarde e noite -, e com todos  professores em greve até o meio da tarde de ontem, segundo dados levantados pelas 16 Diretorias Regionais de Ensino (Direds).
 A coordenadora do CORE, a pedagoga Elisabeth Jácome da Costa Brito, acrescentou, ainda, que 165 escolas estavam com as aulas paralisadas parcialmente, em um turno e ou dois turnos e outras 138 escolas com alguns professores em greve. “Nós tínhamos 407 escolas ou 57,4% das escolas funcionamento totalmente”, continuou ela.
Elisabeth confirma que, atualmente, existem 1.032 professores temporários contratados pelo Estado, assim como 925 estagiários, cuja maior parte foi contratada para dar aulas na região do Mato Grande, onde estão sediadas as Direds de Ceará Mirim e João Cãmara, “onde havia mais carência de professores porque as universidades, em épocas passadas, ainda não haviam chegado  até lá”.
No último balanço feito pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC), Elisabeth Jácome contou que o maior número de escolas paralisadas estão em Natal, onde existem 156 estabelecimentos da rede estadual de ensino e é sediada a 1ª Dired, a qual também estão subordinadas às escolas de Extremoz, São Gonçalo do Amarante, municípios nos quais as aulas estão transcorrendo normalmente.
Segundo ela, o maior percentual de grevistas está na Dired de Currais Novos, na região do Seridó, onde 78% dos professores estão fora da sala de aula. Em seguida vem as Direds de Nova Cruz (73%), Caicó (64%), Apodi (55%), Pau dos Ferros (47%), João Câmara (38%), Mossoró (38%) e Natal (38%).
Decisão da Assembléia (Sinte/RN)
Continua a greve dos trabalhadores em educação

Os trabalhadores em educação, reunidos nesta quarta-feira(18), decidiram por unanimidade continuar e intensificar o movimento grevista. Caravanas de vários municípios ajudaram a lotar o pátio da Escola Estadual Winston Churchill.
Na avaliação geral dos presentes, esta é uma das greves mais fortes já realizadas nas escolas públicas do Estado. Em várias regionais a adesão é de 100%. No geral, a greve atinge mais de 90% das escolas.
Ao terminar a assembleia, o Sinte-RN organizou uma passeata até a Praça 7 de Setembro. Foi realizado um rápido ato público na calçada da Assembleia Legislativa, no qual Deputados de oposição fizeram coro com ao discurso dos grevistas.
Amanhã, estaremos divulgando no site o conjunto das deliberações da Assembleia.
Gilv@n Vi@n@

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